Perfil

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Um cientista que não acreditava na neutralidade da ciência. Um cidadão e militante político que não cabia em camisas de força partidárias. Um gestor comprometido com a inovação. Um defensor da democracia e do desenvolvimento nacional. Ao longo dos seus 80 anos de vida, Luiz Pinguelli Rosa conjugou todos esses papéis numa longa e diversa carreira, construída na fronteira entre a Academia e a Política. Não por acaso, era um admirador do italiano Galileu, pai da Física moderna, condenado pela Inquisição por escritos que demonstravam que a Terra se move em torno do Sol: “Ele escancarou a politização da ciência sob o véu da neutralidade”, escreveu Pinguelli.

Luiz Pinguelli Rosa nasceu em 19 de fevereiro de 1942, na cidade do Rio de Janeiro, filho de Dalva Pinguelli Rosa e do alfaiate Avilla Rosa. Costumava dizer que sua formação política teve início nas horas passadas na alfaiataria, ouvindo as conversas do pai, nacionalista e admirador de Getúlio Vargas, com os fregueses. A origem trabalhadora da família e a infância passada no subúrbio do Rio de Janeiro contribuíram para o interesse de Pinguelli pela cultura popular e sua aguda consciência das desigualdades da sociedade brasileira.

Aluno do Colégio Pedro II, cursou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), saindo como oficial do Exército, e, posteriormente, ingressou no Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, onde iniciou curso de Engenharia Elétrica. Entre 1964 e 1965 fez o curso de pós-graduação em Ciência e Tecnologia Nucleares da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Convidado a trabalhar no Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), Pinguelli precisou fazer uma graduação, já que a Academia Militar não era reconhecida como instituição de ensino superior. Escolheu cursar Física pela UFRJ, onde teve aulas com Plínio Sussekind da Rocha, intelectual que conjugava a pesquisa em mecânica com seminários de filosofia e reuniões em torno de obras raras cinematográficas. “Foi meu primeiro guru”, costumava dizer Pinguelli.

Formado, Pinguelli desligou-se do Exército, depois de responder a inquérito por se opor ao golpe militar de 1964.

“Sempre tive profunda admiração pelos que resistiram e lutaram contra a ditadura por todos os meios.”

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Logo ingressou no mestrado em Engenharia Nuclear pela Coppe/UFRJ, iniciando uma relação com a instituição que marcaria toda a sua vida profissional. Na Coppe, Pinguelli Rosa foi aluno, professor, gestor e, principalmente, um líder capaz de motivar colegas e equipes a perseguir a inovação e a excelência.

Foi na Coppe que Pinguelli encontrou dois outros mestres. Admirava Alberto Luiz Coimbra, criador e diretor da Coppe, pela coragem, visão e comprometimento com o desenvolvimento tecnológico nacional. Fernando Lobo Carneiro, coordenador do programa de Engenharia Civil, foi marcante pela competência, independência e espírito crítico.

Depois da conclusão do mestrado, em 1969, passou a trabalhar como professor assistente do programa de Engenharia Nuclear da Coppe, que conciliava com aulas no Instituto de Física da UFRJ. Entre 1972 e 1974 mudou-se para Trieste, na Itália, para trabalhar no Centro Internacional de Física Teórica.

Na volta ao Brasil, Pinguelli terminou o doutorado em Física na PUC-Rio e retomou as aulas na Coppe e no Instituto de Física. Mas não se limitou à Academia. Em 1975, fez parte do grupo de cientistas que se opuseram ao Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Suas críticas contundentes ao acordo o tornaram alvo de investigações e alegações mentirosas pelos órgãos de segurança da época.

Não foi a única polêmica relacionada às forças militares em que se envolveu – anos depois, depôs no Congresso Nacional sobre a denúncia de que militares brasileiros construíram uma estrutura para testar artefatos nucleares no Pará.

Durante sua carreira, Pinguelli foi considerado pela mídia uma referência no debate sobre o planejamento energético no Brasil. Uma imagem que começou a se desenhar quando, em 1976, liderou a criação do Programa de Pós-graduação em Planejamento Energético na Coppe, uma iniciativa que inovou ao reunir especialistas em várias áreas em torno do estudo das questões energéticas.

Em 1986, Pinguelli foi eleito pela primeira vez como diretor da Coppe, vitória que teria a alegria de repetir quatro vezes. À frente da instituição, sempre se bateu contra a “mentalidade bacharelesca e burocrática” que emperravam a gestão.

“Um diretor de hospital público que tiver verba para comprar canetas e usá-la para comprar remédios pode ser punido por desvio de recursos. Se deixar os doentes morrerem sem remédios, ele está correto burocraticamente, mas errado moralmente.”

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Encerrado o seu primeiro mandato, Pinguelli coordenou o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, onde aprofundou a sua relação com a sociedade civil, especialmente o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, diretor do Ibase. Ao lado de Betinho, que chamava de “último guru”, participou intensamente do Movimento pela Ética na Política, que contribuiu para o impeachment de Fernando Collor, e da Campanha Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida.

No mesmo período, tornou-se uma das principais vozes críticas às privatizações do setor elétrico iniciadas no governo de Itamar Franco e que ganharam força nos governos de Fernando Henrique Cardoso. Advertia quanto aos riscos do desmonte do sistema elétrico no país e lembrava que a energia elétrica era um serviço público.

“Se faltar chuchu, come-se abobrinha até o chuchu cair de preço. Mas, se faltar energia elétrica, ficamos no escuro.”

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Embora não fosse filiado ao Partido do Trabalhadores (PT), participou ativamente das campanhas de Luís Inácio Lula da Silva para as eleições presidenciais de 1989, 1994, 1998 e 2002. Na campanha de 2002, coordenou a equipe responsável pela elaboração do documento Linhas e diretrizes de ação para o setor elétrico brasileiro, divulgado pelo Instituto Cidadania, do PT.

Após a vitória de Lula, deixou a Coppe para assumir a presidência da Eletrobras em janeiro de 2003. Durante sua gestão, reorganizou a gestão da estatal, defendeu a empresa em negociações com fornecedores e gestores públicos e implantou o Programa Luz para Todos. A sua passagem pela empresa foi encurtada por conflitos com a ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, e da Fazenda, Antonio Palocci. As divergências se somaram ao interesse do governo em fortalecer sua base de apoio no Congresso e levaram à sua saída em 2004.

“O PT, ao vencer os neoliberais, incorporou o neoliberalismo”

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Pinguelli retornou à Coppe para um novo e produtivo período. Em setembro de 2004, foi nomeado secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, instância coordenada pelo presidente Lula. Pinguelli tornou o Fórum um espaço de articulação com os diversos setores da sociedade e influenciou claramente a política do governo brasileiro para o tema. O pesquisador renunciou à coordenação do Fórum após o impeachment de Dilma Roussef, em 2016.

Naqueles anos, Pinguelli dedicou-se intensamente ao tema das mudanças climáticas, além da epistemologia e história da ciência e do planejamento energético. Foi autor e revisor do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), e era parte da instituição quando recebeu o Nobel da Paz em 2007.

Pinguelli era membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e foi pesquisador e professor visitante em universidades como Stanford (EUA), Pensilvânia (EUA), Grenoble Alpes (França), Cracóvia (Polônia), além de instituições como Centro Internacional de Pesquisa em Meio Ambiente e Desenvolvimento (França), Centro de Estudos Energéticos Enzo Tasselli (Itália), Agência Nacional de Energia Nuclear e Fontes Alternativas (Itália) e Fundação Bariloche (Argentina). Também integrou o conselho Mundial do Pugwash Conferences on Science and World Affairs, de 1999 a 2001.

Luiz Pinguelli Rosa faleceu em 3 de março de 2022, no Rio de Janeiro. Foi casado com a professora Mariza Lomba Pinguelli Rosa, mãe de seus filhos Luiz Fernando e Luiz Eduardo, e com a engenheira Suzana Khan Ribeiro, com quem teve Leonardo.

Perfil

Um cientista que não acreditava na neutralidade da ciência. Um cidadão e militante político que não cabia em camisas de força partidárias. Um gestor comprometido com a inovação. Um defensor da democracia e do desenvolvimento nacional. Ao longo dos seus 80 anos de vida, Luiz Pinguelli Rosa conjugou todos esses papéis numa longa e diversa carreira, construída na fronteira entre a Academia e a Política. Não por acaso, era um admirador do italiano Galileu, pai da Física moderna, condenado pela Inquisição por escritos que demonstravam que a Terra se move em torno do Sol: “Ele escancarou a politização da ciência sob o véu da neutralidade”, escreveu Pinguelli.

Luiz Pinguelli Rosa nasceu em 19 de fevereiro de 1942, na cidade do Rio de Janeiro, filho de Dalva Pinguelli Rosa e do alfaiate Avilla Rosa. Costumava dizer que sua formação política teve início nas horas passadas na alfaiataria, ouvindo as conversas do pai, nacionalista e admirador de Getúlio Vargas, com os fregueses. A origem trabalhadora da família e a infância passada no subúrbio do Rio de Janeiro contribuíram para o interesse de Pinguelli pela cultura popular e sua aguda consciência das desigualdades da sociedade brasileira.

Aluno do Colégio Pedro II, cursou a Academia Militar das Agulhas Negras (Aman), saindo como oficial do Exército, e, posteriormente, ingressou no Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, onde iniciou curso de Engenharia Elétrica. Entre 1964 e 1965 fez o curso de pós-graduação em Ciência e Tecnologia Nucleares da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ).

Convidado a trabalhar no Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), Pinguelli precisou fazer uma graduação, já que a Academia Militar não era reconhecida como instituição de ensino superior. Escolheu cursar Física pela UFRJ, onde teve aulas com Plínio Sussekind da Rocha, intelectual que conjugava a pesquisa em mecânica com seminários de filosofia e reuniões em torno de obras raras cinematográficas. “Foi meu primeiro guru”, costumava dizer Pinguelli. 

Formado, Pinguelli desligou-se do Exército, depois de responder a inquérito por se opor ao golpe militar de 1964. 

“Sempre tive profunda admiração pelos que resistiram e lutaram contra a ditadura por todos os meios.”

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Logo ingressou no mestrado em Engenharia Nuclear pela Coppe/UFRJ, iniciando uma relação com a instituição que marcaria toda a sua vida profissional.  Na Coppe, Pinguelli Rosa foi aluno, professor, gestor e, principalmente, um líder capaz de motivar colegas e equipes a perseguir a inovação e a excelência.

Foi na Coppe que Pinguelli encontrou dois outros mestres.  Admirava Alberto Luiz Coimbra, criador e diretor da Coppe, pela coragem, visão e comprometimento com o desenvolvimento tecnológico nacional. Fernando Lobo Carneiro, coordenador do programa de Engenharia Civil, foi marcante pela competência, independência e espírito crítico.

Depois da conclusão do mestrado, em 1969, passou a trabalhar como professor assistente do programa de Engenharia Nuclear da Coppe, que conciliava com aulas no Instituto de Física da UFRJ. Entre 1972 e 1974 mudou-se para Trieste, na Itália, para trabalhar no Centro Internacional de Física Teórica. 

Na volta ao Brasil, Pinguelli terminou o doutorado em Física na PUC-Rio e retomou as aulas na Coppe e no Instituto de Física. Mas não se limitou à Academia. Em 1975, fez parte do grupo de cientistas que se opuseram ao Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Suas críticas contundentes ao acordo o tornaram alvo de investigações e alegações mentirosas pelos órgãos de segurança da época.  

Não foi a única polêmica relacionada às forças militares em que se envolveu – anos depois, depôs no Congresso Nacional sobre a denúncia de que militares brasileiros construíram uma estrutura para testar artefatos nucleares no Pará. 

Durante sua carreira, Pinguelli foi considerado pela mídia uma referência no debate sobre o planejamento energético no Brasil. Uma imagem que começou a se desenhar quando, em 1976, liderou a criação do Programa de Pós-graduação em Planejamento Energético na Coppe, uma iniciativa que inovou ao reunir especialistas em várias áreas em torno do estudo das questões energéticas.

Em 1986, Pinguelli foi eleito pela primeira vez como diretor da Coppe, vitória que teria a alegria de repetir quatro vezes. À frente da instituição, sempre se bateu contra a “mentalidade bacharelesca e burocrática” que emperravam a gestão.

“Um diretor de hospital público que tiver verba para comprar canetas e usá-la para comprar remédios pode ser punido por desvio de recursos. Se deixar os doentes morrerem sem remédios, ele está correto burocraticamente, mas errado moralmente.” 

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Encerrado o seu primeiro mandato, Pinguelli coordenou o Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ, onde aprofundou a sua relação com a sociedade civil, especialmente o sociólogo Herbert de Souza, o Betinho, diretor do Ibase. Ao lado de Betinho, que chamava de “último guru”, participou intensamente do Movimento pela Ética na Política, que contribuiu para o impeachment de Fernando Collor, e da Campanha Ação da Cidadania Contra a Fome, a Miséria e Pela Vida. 

No mesmo período, tornou-se uma das principais vozes críticas às privatizações do setor elétrico iniciadas no governo de Itamar Franco e que ganharam força nos governos de Fernando Henrique Cardoso. Advertia quanto aos riscos do desmonte do sistema elétrico no país e lembrava que a energia elétrica era um serviço público.

“Se faltar chuchu, come-se abobrinha até o chuchu cair de preço. Mas, se faltar energia elétrica, ficamos no escuro.”

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Embora não fosse filiado ao Partido do Trabalhadores (PT), participou ativamente das campanhas de Luís Inácio Lula da Silva para as eleições presidenciais de 1989, 1994, 1998 e 2002. Na campanha de 2002, coordenou a equipe responsável pela elaboração do documento Linhas e diretrizes de ação para o setor elétrico brasileiro, divulgado pelo Instituto Cidadania, do PT. 

Após a vitória de Lula, deixou a Coppe para assumir a presidência da Eletrobras em janeiro de 2003. Durante sua gestão, reorganizou a gestão da estatal, defendeu a empresa em negociações com fornecedores e gestores públicos e implantou o Programa Luz para Todos. A sua passagem pela empresa foi encurtada por conflitos com a ministra de Minas e Energia, Dilma Roussef, e da Fazenda, Antonio Palocci. As divergências se somaram ao interesse do governo em fortalecer sua base de apoio no Congresso e levaram à sua saída em 2004.

“O PT, ao vencer os neoliberais, incorporou o neoliberalismo”

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Pinguelli retornou à Coppe para um novo e produtivo período.  Em setembro de 2004, foi nomeado secretário-executivo do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas, instância coordenada pelo presidente Lula.  Pinguelli tornou o Fórum um espaço de articulação com os diversos setores da sociedade e influenciou claramente a política do governo brasileiro para o tema. O pesquisador renunciou à coordenação do Fórum após o impeachment de Dilma Roussef, em 2016.

Naqueles anos, Pinguelli dedicou-se intensamente ao tema das mudanças climáticas, além da epistemologia e história da ciência e do planejamento energético. Foi autor e revisor do Painel Intergovernamental de Mudanças do Clima (IPCC), e era parte da instituição quando recebeu o Nobel da Paz em 2007. 

Pinguelli era membro titular da Academia Brasileira de Ciências (ABC) e foi pesquisador e professor visitante em universidades como Stanford (EUA), Pensilvânia (EUA), Grenoble Alpes (França), Cracóvia (Polônia), além de instituições como Centro Internacional de Pesquisa em Meio Ambiente e Desenvolvimento (França), Centro de Estudos Energéticos Enzo Tasselli (Itália), Agência Nacional de Energia Nuclear e Fontes Alternativas (Itália) e Fundação Bariloche (Argentina). Também integrou o conselho Mundial do Pugwash Conferences on Science and World Affairs, de 1999 a 2001.

Luiz Pinguelli Rosa faleceu em 3 de março de 2022, no Rio de Janeiro. Foi casado com a professora Mariza Lomba Pinguelli Rosa, mãe de seus filhos Luiz Fernando e Luiz Eduardo, e com a engenheira Suzana Khan Ribeiro, com quem teve Leonardo. 

Linha do tempo

1942

  • Nasce em 19 de fevereiro, no Rio de Janeiro, primeiro filho do alfaiate Avilla Rosa e de Dalva Pinguelli Rosa. A família reside em um sobrado da rua Teófilo Otoni, onde fica a alfaiataria
    .


     

1953

  • Matricula-se no Colégio Pedro II, onde participa de manifestações estudantis
    .


     

1960

  • Ingressa na Academia Militar de Agulhas Negras (Aman), curso de Material Bélico, em Resende/RJ (de 1960 a 1962)
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1962

  • É declarado aspirante a oficial
  • Oficial do Exército, Batalhão de Manutenção (de 1962 a 1967)
  • Ingressa no Instituto Militar de Engenharia (IME), no Rio de Janeiro, onde inicia o curso de Engenharia Elétrica
    .


     

 1964

  • Como tenente, se manifesta no quartel do Batalhão de Manutenção da Divisão Blindada contra a deposição do presidente da República João Goulart e é chamado a responder à Comissão Geral de Investigações
  • Inicia o curso de Ciência e Tecnologia Nucleares da Escola de Engenharia da Universidade Federal do Rio de Janeiro/UFRJ (de 1964 a 1965)
    .


     

1965

  • Nasce seu primeiro filho, do casamento com Mariza Lomba, Luiz Fernando
    .


     

1967

  • Inicia o curso de Engenharia Elétrica, no Instituto Militar de Engenharia (de 1967 a 1969)
  • Pede demissão do Exército
  • Bacharel em Física pela antiga Faculdade Nacional de Filosofia, Ciências e Letras (atual UFRJ)
  • Pesquisador no Instituto de Engenharia Nuclear (IEN), Divisão de Reatores, no Rio de Janeiro (1967 a 1969)
  • Nasce seu segundo filho com Mariza Lomba, Luiz Eduardo
    .


     

1969

  • Conclui o curso de mestrado em engenharia nuclear da Coordenação de Programas de Pós-Graduação em Engenharia (Coppe/UFRJ)
    .


     

1970

  • Professor assistente da Coppe/UFRJ, Programa de Engenharia Nuclear e Instituto de Física da UFRJ (de 1970 a 1972)
    .


     

1971

  • Coordenador do Programa de Engenharia Nuclear da Coppe/UFRJ (de 1971 a 1975)
    .


     

1972

  • Pesquisador no Centro Internacional de Física Teórica, em Trieste, Itália: Guest Physics – International Centre of Theoretical Physics/ Atomic Energy International (de 1972 a 1974)
    .


     

1974

  • Volta ao Brasil e conclui o curso de doutorado em Física da Pontifícia Universidade Católica (PUC) do Rio de Janeiro
    .


     

1975

  • Professor adjunto da Coppe/UFRJ, Programa de Engenharia Nuclear e Instituto de Física da UFRJ (de 1975 a 1976)
  • É um dos primeiros cientistas a se manifestar contra o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha. Em razão das críticas, é acusado pelos militares de participar de “um complô estrangeiro envolvendo judeus e comunistas contra a política nuclear do governo militar”
    .


     

1976

  • Torna-se professor titular da Coppe/UFRJ, Programa de Engenharia Nuclear (continuando professor adjunto no Instituto de Física da UFRJ)
  • Chefe do Departamento de Física Teórica do Instituto de Física da UFRJ (de 1976 a 1977)
  • Lidera a criação da pós-graduação em Planejamento Energético na Coppe/UFRJ
  • Ministra cursos para engenheiros da Empresas Nucleares Brasileiras (Nuclebrás) e participa de projetos tecnológicos para a usina nuclear de Angra I
    .


     

1977

  • Secretário-geral da Sociedade Brasileira de Física (de 1977 a 1979  e de 1985 a 1987)
    .


     

1979

  • Depõe à CPI do Senado sobre o Acordo Nuclear Brasil-Alemanha, criticando a concepção e a forma de execução do programa nuclear brasileiro
  • Coordena a criação da Área Interdisciplinar de Energia (AIE) na Coppe/UFRJ, uma iniciativa comum de três programas de pós-graduação: Engenharia de Sistemas, Engenharia de Produção e Engenharia Nuclear
  • Fundad a Aduferj  – Associação dos Docentes da UFRJ , da qual é o primeiro presidente (de 1979 a 1981)


     

1982

  • É eleito o segundo presidente da Andes – Sindicato Nacional dos Docentes de Ensino Superior (de 1982 a 1984)
    .


      

1986

  • É eleito para o seu primeiro mandato (de 1986 a 1989) como diretor da Coppe/UFRJ e convida professores que haviam sido expulsos pelos militares a retornar à instituição
  • Participa da comissão da Sociedade Brasileira de Física que resultaram na revelação da construção de instalações militares na Serra do Cachimbo (PA) destinadas à realização de testes com artefatos nucleares
    ..


     

1987

  • Torna-se membro do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC
    .


     e e

1989

  • É promovido a professor titular da Coppe/UFRJ
    .


     

1990

  • Torna-se coordenador do Fórum de Ciência e Cultura da UFRJ (de 1990 a 1993), onde inicia a obra de recuperação do Palácio Universitário (Hospício Pedro II), coordenada por Fernando Peregrino, com projeto da arquiteta Lucinda Caetano
    .Hospício Pedro II,


      

1992

  • Lidera da criação do Programa de Planejamento Energético (PPE) da Coppe/UFRJ
  • Recebe o Forum Award da Sociedade Americana de Física (American Physical Society/APS) pelo estudo sobre possível plano de construção de uma bomba nuclear em território brasileiro
    .


     

1993

  • Com o sociólogo Herbert de Sousa (Betinho) e Andre Spitz, cria o Comitê de Entidades Públicas no Combate à Fome e pela Vida (COEP)
    .


     

1994

  • Presidente da Associação Latino-americana de Planejamento Energético
  • Segundo mandato para o cargo de diretor da Coppe/UFRJ (1994-1997)
  • Torna-se membro do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC
    .


     

1995

  • Convida o físico britânico de origem polonesa Joseph Rotblat (agraciado com o Prêmio Nobel da Paz uma semana depois) para proferir na Coppe a conferência sobre os 50 anos do bombardeio nuclear de Hiroshima e Nagasaki
    .


     

1996

  • Com o COEP, promove o seminário “Prevenção e Controle dos Efeitos dos Temporais no Rio de Janeiro”, que resultou no livro Tormentas Cariocas (lançado em 1997). O livro reúne diagnósticos e recomendações feitas por cerca de 40 especialistas para mitigar os efeitos das chuvas e temporais no Rio de Janeiro
  • Recebe a Medalha de Mérito Pedro Ernesto, concedida pela Câmara Municipal do Rio de Janeiro
  • Promove palestra de Noam Chomsky na Coppe/UFRJ
    .


     

1997

  • Durante o processo de privatização da Vale, coordena grupo de apoio técnico (GAT)  à comissão externa da Câmara dos Deputados, formado por especialistas, que denuncia esquema de compra da empresa por um grupo multinacional dono de uma subsidiária responsável pela modelagem da venda – em seguida, esse grupo se retira do leilão
  • Com o amigo Fernando Peregrino, participa da criação do Bloco I-2000, que abriga o maior conjunto de laboratórios de Engenharia da América Latina. Em 2022, o espaço passa a se chamar Complexo de Ensino e Pesquisa de Engenharia Luiz Pinguelli Rosa
    .


     

1998

  • Torna-se membro do Painel Intergovernamental sobre Mudanças Climáticas (Intergovernamental Panel on Climate Change-IPCC), da ONU (de 1998 a 2001)
  • Recebe o Chevalier de L’Ordre des Palmes Academiques, do Ministério de Educação da França (Ministère de L’Education Nationale de La Recherche et de La Technologie)
  • Nasce seu terceiro filho, Leonardo, de sua companheira Suzana Kahn Ribeiro
    .


     

1999

  • Ingressa como membro do Conselho Mundial do Pugwash Conferences on Science and World Affairs, entidade fundada por Albert Einstein e Bertrand Russel, voltada para o combate ao armamento nuclear. A participação vai até 2001
  • Participa da criação do Instituto Virtual Internacional de Mudanças Globais (Ivig)
  • Articula para visita e conferência do sociólogo italiano Domenico De Masi na Coppe/UFRJ
    .


     

2000

  • Envia carta ao presidente Fernando Henrique Cardoso alertando sobre uma iminente crise energética. Em 2001, o País passa pela pior crise de geração de energia elétrica da história, que ficou conhecida como o “apagão”
  • Recebe o Prêmio Golfinho de Ouro, do Conselho Estadual de Cultura do Estado do Rio de Janeiro
    .


     

2002

  • Assume o terceiro mandato para o cargo de diretor da Coppe/UFRJ
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2003

  • Deixa a Coppe/UFRJ para assumir a presidência da Eletrobras (na qual permaneceu até maio de 2004). Durante sua gestão, a Eletrobrás instituiu linha de crédito para financiamento e subvenção de projetos no âmbito do Programa Luz para Todos e buscou renegociar contratos com produtores independentes de energia em condições mais favoráveis para empresas do grupo. Defendeu com afinco a retirada da Eletrobrás do Programa Nacional de Desestatização (PND), a redução das metas de superávit primário estabelecidas pelo governo para a estatal e a ampliação de seus investimentos em geração e transmissão
  • Integra o Conselho de Administração de Itaipu Binacional (de 2003 a 2015)
  • Torna-se membro da Academia Brasileira de Ciências (ABC)
  • Recebe a Medalha da Ordem do Mérito, do Ministério da Defesa
  • Recebe a Medalha da Ordem do Mérito do Ministério das Relações Exteriores, do Ministério das Relações Exteriores
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2004

  • Assume a secretaria executiva do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas (FBMC), presidido pelo presidente da República. O Fórum reúne representantes de órgãos intergovenarmentais e entidades da sociedade civil (de 2004 a 2016)
    .


     

2005

  • Publica o livro Tecnociências e humanidades: novos paradigmas, velhas questões v. 1: O determinismo newtoniano na visão de mundo moderna
  • Recebe o Prêmio Coppe Giulio Massarani de Mérito Acadêmico, da Coppe/UFRJ
    .


     

2006

  • Publica o volume 2 do livro Tecnociências e humanidades: novos paradigmas, velhas questões  – A ruptura do determinismo, incerteza e pós- modernismo
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2007

  • Assume a direção da Coppe/UFRJ pelo quarto mandato (de 2007 de 2011)
  • Recebe menção honrosa por ter contribuído para que o Painel Intergovernamental de Mudanças Climáticas (IPCC) da ONU fosse contemplado com o Prêmio Nobel da Paz
  • Torna-se membro do Corpo de Conferencistas Especiais da Escola Superior de Guerra
  • Torna-se membro do Conselho da Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência – SBPC
  • Inicia, junto com Aquilino Senra, Segen Estefen, Fernando Peregrino e Su Jian, a missão à China da Coppe/UFRJ para fundar o centro Brasil-China de tecnologias de baixo carbono, com a Universidade de Tsinghua
    .


     

2008

  • Recebe o Certificado de Voto de Louvor, agraciados com prêmios e menções honrosas no ano de 2007 pelas diversas Agências de Fomento, Empresas e Ministérios da República, da Coppe/UFRJ
  • Recebe o Prêmio FINEP de Inovação Tecnológica 2007 – Troféu José Pelucio categoria Ciência e Tecnologia, da Finep
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2009

  • Participa da criação do Centro China-Brasil de Mudança Climática e Tecnologias Inovadoras para Energia, primeira instituição formal da UFRJ de cooperação direta com um país estrangeiro
  • Promove a implantação das obras do Centro de Tecnologia 2 da UFRJ pela Fundação Coppetec, sob a coordenação de Fernando Peregrino, com projeto da arquiteta Fernanda Oliveira
    .


     

2011

  • Assume o quinto mandato como diretor da Coppe/UFRJ (de 20011 a 2015)
  • Participa da criação do Laboratório Herbert de Souza de Tecnologia e Cidadania (LABetinho), uma parceria entre a Coppe/UFRJ e o COEP
  • Recebe o prêmio Destaque do Ano, da Assespro-RJ
  • Recebe a Ordem do Mérito da Defesa – Grau de Oficial, do Ministério da Defesa
  • Recebe o Título de Sócio Benemérito, da Associação dos Engenheiros da Petrobras (AEPET)
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2012

  • Recebe o prêmio Medalha de Honra ao Mérito John Cotrim, de Furnas
  • Recebe o prêmio Homenagem Aluno Eminente, do Colégio Pedro II
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2013

  • Recebe o título de Professor Emérito da UFRJ
  • Participa, junto com Fernando Peregrino, da Coppetec, da elaboração final da Lei 12.863/2013, que permitiu que recursos financeiros dos projetos fossem depositados na conta da fundação de apoio, aliviando a carga burocrática da gestão
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2014

  • Recebe o prêmio Personalidade do Ano de Inovação, da Agência Nacional do Petróleo e Gás Natural (ANP)
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 2016

  • Envia carta ao presidente Michel Temer renunciando à secretaria-executiva do Fórum Brasileiro de Mudanças Climáticas após o impeachment da presidente Dilma Rousseff
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 2020

  • Coordena e faz a mediação do Fórum Virtual: “O Brasil após a pandemia”, promovido pela Coppe/UFRJ. O evento contou com a participação de especialistas e convidados que discutiram os impactos da Covid-19 e expuseram suas reflexões, propostas e alternativas para o país pós-pandemia. Com oito edições, o fórum foi transmitido ao vivo pelo Facebook da Coppe.  Clique aqui e veja como foi

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